É pertinente e actual reflectir sobre a importância dos “eventos de lectoescrita” e da promoção da interpretação textual crítica e criativa para o desenvolvimento de leitores pró-activos, tendo em conta não só as exigências da sociedade mas a atenção que se atribui cada vez mais às competências literácitas e linguísticas.
Pretendo contribuir para esta reflexão partindo de um quadro teórico de referência que assenta na textualidade em educação. Deste modo, pretendo ir publicando alguns posts sobre pontos que considero relevantes para uma boa discussão sobre a leitura, a escrita e a interpretação de textos em crianças dos 4 aos 7 anos.
Sublinho, temas como a actualidade escolar, a leitura e a escrita, ou ainda o Plano Nacional de Leitura, enquanto estratégias e linhas orientadoras que ajudam a emergir as competências literácitas e linguísticas nas crianças.
A reflexão cruza os referidos temas com o estudo de caso sobre a Leitura, a Escrita e a Interpretação no pré-escolar e no primeiro ano do 1º ciclo do ensino básico, num agrupamento de escolas da rede pública do Ministério da Educação efectuado no âmbito da dissertação de mestrado em Ciências da Educação no ano de 2007
Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino básico
“ A educação pré-escolar e os primeiros anos de escolaridade são um período crucial para aquisições linguísticas de grande importância” (Inês Sim-Sim, 2004a:10). Corroborando a afirmação de Inês Sim-Sim gostaría de sublinhar a importância que estes níveis de ensino têm sobre a literacia emergente, a literacia familiar, a interpretação e a compreensão leitora.
Desde que nascem, as crianças mantêm contacto com material impresso e estão inseridas numa comunidade leitora que lhes permite criar uma “pré-história” no seu percurso de aprendizagens ao longo da vida que não deve ser esquecido em qualquer nível de ensino. Como sublinha Claire Woods (in Ferreiro e Palacio, 2003: 251) quando se refere aos “eventos de lectoescrita”, os contactos formais ou informais influenciam os processos de leitura e escrita de cada sujeito, e o sucesso nas suas aprendizagens depende também deste conhecimento por parte do docente que assim poderá responder de modo mais adequado às necessidades dos seus alunos.
São três os conceitos teóricos que exporemos nos posts seguintes: textualidade, interpretação e compreensão leitora.
Deixo-vos um vídeo para reflectir.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
A Criatividade em Educação
Recentemente fui incitada a reflectir sobre o tema da criatividade em educação.
Ao visionar o vídeo do Sir Ken Robinson para uma tarefa de um seminário algumas questões se me colocaram em torno desta questão da criatividade. Será o nosso sistema educativo de tal forma abrangente ao ponto de conter nos seus programas, orientações e currículos um ponto tão importante da educação de qualquer ser humano? A sociedade está preparada para ter cidadãos criativos, opinativos?
Há já muito tempo que filósofos e estudiosos se debruçam sobre as questões da imaginação, da fantasia e da criatividade. Desde Aristóteles, passando por Descartes, Kant ou Hegel, todos eles pensaram e escreveram sobre este tema, o que só por si já revela a sua importância, contudo em pleno século XXI, muito pouca importância se atribui à criatividade em educação. As nossas crianças são educadas todas da mesma maneira, têm de ter todas o mesmo ritmo de aprendizagem e nada de criatividades que isso só as distrai.
O problema parece começar quando se ingressa no ensino obrigatório, talvez pela exigência do programa, talvez pela exigência da própria sociedade que considera comportamentos criativos como divergentes. Mas uma coisa a história tem vindo a demonstrar ciclicamente, são as pessoas criativas que têm grandes ideias e grandes feitos, para o bem e para o mal. Estou a referir-me por exemplo a Einstein, Beethoven, Leonardo da Vinci,…
É com Vigotsky no livro “Imaginação e Criatividade na Idade Infantil” de 1972, que se confirma o grande valor para o ser humano da criatividade, quando o autor refere que é comum a todos os seres humanos e necessário na vida quotidiana.
Deixo-vos a intervenção do Sir Ken Robinson no Ted.
Sejam Criativos.
Ao visionar o vídeo do Sir Ken Robinson para uma tarefa de um seminário algumas questões se me colocaram em torno desta questão da criatividade. Será o nosso sistema educativo de tal forma abrangente ao ponto de conter nos seus programas, orientações e currículos um ponto tão importante da educação de qualquer ser humano? A sociedade está preparada para ter cidadãos criativos, opinativos?
Há já muito tempo que filósofos e estudiosos se debruçam sobre as questões da imaginação, da fantasia e da criatividade. Desde Aristóteles, passando por Descartes, Kant ou Hegel, todos eles pensaram e escreveram sobre este tema, o que só por si já revela a sua importância, contudo em pleno século XXI, muito pouca importância se atribui à criatividade em educação. As nossas crianças são educadas todas da mesma maneira, têm de ter todas o mesmo ritmo de aprendizagem e nada de criatividades que isso só as distrai.
O problema parece começar quando se ingressa no ensino obrigatório, talvez pela exigência do programa, talvez pela exigência da própria sociedade que considera comportamentos criativos como divergentes. Mas uma coisa a história tem vindo a demonstrar ciclicamente, são as pessoas criativas que têm grandes ideias e grandes feitos, para o bem e para o mal. Estou a referir-me por exemplo a Einstein, Beethoven, Leonardo da Vinci,…
É com Vigotsky no livro “Imaginação e Criatividade na Idade Infantil” de 1972, que se confirma o grande valor para o ser humano da criatividade, quando o autor refere que é comum a todos os seres humanos e necessário na vida quotidiana.
Deixo-vos a intervenção do Sir Ken Robinson no Ted.
Sejam Criativos.
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